O placar foi pequeno, mas com um golaço! Foi assim que o Atlético passou pelo Ceará, hoje à tarde na Baixada, pelo placar de 1x0, em cobrança de falta de Paulo Baier, que acertou o ângulo e manteve o Furacão vivo na Série A do Brasileirão. No Morumbi, o Coritiba ficou no 0x0 com o São Paulo e se distanciou ainda mais da briga pela Taça Libertadores da América. A rodada começou na sexta feira, com a derrota de 4x3 do Paraná Clube para a Ponta Preta, em Campinas.
No sufoco, mas ainda vivo
Após uma semana muito conturbada, com direito até a publicação dos salários dos jogadores atleticanos, o Furacão entrou em campo mais do que nunca pressionado e precisando vencer o Ceará, para se manter vivo na luta contra o rebaixamento para a Série B. Em campo, o Atlético quase saiu na frente, aos 5 min, depois que Nieto chegou a marcar o gol, mas o árbitro Sálvio Spínola viu falta do atacante argentino no seu marcador.
Minutos depois, o próprio Nieto acertou o travessão em uma cabeçada, após falta cobrada por Paulo Baier.
Mas o Atlético foi bastante ofensivo, mesmo errando muito na hora de concluir as jogadas, porém, aos 32 min, Paulo Baier cobrou com muita perfeição uma falta da meia lua, mandando a bola no ângulo de Fernando Henrique, fazendo um golaço.
No tempo final, o Ceará voltou melhor e encurralou o Atlético até a metade deste tempo, quando Antônio Lopes colocou Marcinho no lugar do horrível Marcelo Oliveira.
O Furacão conseguiu até equilibrar um pouco o jogo, mesmo assim, levou alguns sustos do time cearense.
Mas para a sorte atleticana, o time segurou o placar de 1x0, que mantêm o time com chances de fugir do rebaixamento, já que soma 31 pontos, ainda na 18ª colocação, podendo sair da zona do rebaixamento no sábado, se vencer o Santos, na Vila Belmiro, na partida marcada para as 18h.
Coxa praticamente em ritmo de férias
O jogo deste domingo no Morumbi foi bem fraco para duas equipes que estão de olho na Taça Libertadores da América. Isso se refletiu nas poucas oportunidades reais de gols de ambos os lados, tanto que o grande momento de perigo aconteceu somente aos 40 min, por intermédio de Léo Gago, que chutou de fora da área e a bola passou ao lado da trave são-paulina.
Fora este lance, apenas alguns outros chutes de fora da área, mas todos sem perigo.
No segundo tempo, o coxa não jogou nada, tanto que o goleiro Vanderlei fez duas importantes defesas, aos 11 e 13 min, passando a ser o principal jogador em campo.
E assim foi até o final da partida, com o time paranaense sem esboçar nenhuma vontade ofensiva, enquanto o São Paulo chegava ao ataque, mas com dificuldades de concluir, e quando conseguia, não passa por Vanderlei, que ainda fez outra grande defesa, aos 41’, após um chute de Piris.
O resultado deixou o Coritiba apenas na 11ª colocação, com 42 pontos, oito a menos que o inicio da “ZL”. No domingo, o coxa encara o lanterna América Mineiro, no Couto Pereira, às 18h, provavelmente conseguindo uma boa vitória diante de sua torcida.
Paraná perde e ainda segue ameaçado
O Paraná Clube manteve a sina de não conseguir vencer times paulistas na Série B. Na sexta feira, o tricolor perdeu para a Ponta Preta, por 4x3, em Campinas e além de ficar muito longe do acesso ainda corre um pouco de risco do rebaixamento, já que o time está somente a cinco pontos do rebaixamento – analisando pelos próximos adversários, considerados difíceis pelo time.
No próximo sábado, o Paraná encara o São Caetano, às 16h20, na Vila Capanema. Na Na sexta feira, empurrada pela torcida, a Ponte tomou conta do jogo a partir do apito inicial. Sem dar chances de ataque (ou contra-ataque) ao Paraná, o time anfitrião conseguia criar a quase todo momento que estava com a bola. Renatinho foi o primeiro a assustar em chute colocado de dentro da área, mas o goleiro Thiago Rodrigues fez ótima defesa e conseguiu espalmar para escanteio.
Aos 29min, foi a vez de Ricardo Jesus perder um gol feito. O atacante conseguiu cortar o zagueiro já dentro da pequena na área, mas exagerou na força e mandou por cima da meta de Thiago. O lateral Patric, uma das principais armas ofensivas da Ponte na partida, também apareceu duas vezes com perigo. Diante de tanta pressão, o gol finalmente saiu, aos 44min, em penalidade máxima.
O lance do pênalti, porém, gerou muita reclamação por parte dos jogadores do Paraná, já que a falta em Renatinho (que realmente aconteceu) foi cometida fora da área. Ricardo Jesus, que nada tinha a ver com o erro do árbitro, soltou o pé e contou com a sorte, já que a bola bateu no travessão antes de entrar. “Não foi pênalti. Fica complicado, mas vamos para o jogo”, lamentou Brinner.
A etapa inicial começou da mesma forma. Pressão total da Ponte, que por pouco não ampliou logo aos 2min, em chute perigoso de Renatinho, de canhota, de fora da área. Aos 11min, o segundo gol saiu. Ferrón subiu mais que a zaga paranaense após cobrança de escanteio e mandou de cabeça para as redes, sem a menor chance de defesa para o goleiro Thiago Rodrigues.
Quando o jogo parecia controlado, o camisa 10 Lima acertou uma cobrança de falta magistral e diminuiu o placar. O Paraná cresceu no jogo, e aos 26min poderia ter chegado ao empate se o árbitro tivesse marcado um pênalti de Leandro Silva em cima de Packer. Porém, aos 32min, após bela jogada de Renatinho e uma forte finalização, Lúcio Flávio aproveitou rebote e empurrou para as redes.
O Paraná não deu sossego para a Ponte Preta, e dois minutos depois, Ricardinho dominou dentro da área e, com extrema categoria, finalizou de direita, no ângulo direito do gol de Júlio César. Mas aos 45min, o iluminado Lúcio Flávio marcou mais um e selou a vitória dos anfitriões. Ainda houve tempo para Marinho fazer um golaço e voltar a descontar no Moisés, mas já era tarde.
Fotos e textos de Osmar Rebolo Junior, com dados da UOL
